7 de Maio de 2012 às 13:19
 
                                
								Foto: Seeb Brasília
Na noite de quarta-feira (2), os bancários do BRB reunidos em  assembleia, acatando proposição do Sindicato, decidiram suspendê-la em  função do não- encaminhamento pelo banco de pontos fundamentais para a  apreciação do conjunto do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração  (PCCR), objeto da assembleia.
O banco afirmara que até quarta (2)  informaria a data de implantação do plano e definiria o valor do abono  que cumpre dupla função: compensar os bancários pelo atingimento das  metas do segundo semestre de 2011 e indenizar os trabalhadores pelo  atraso na implantação do PCCR. Até o horário da assembleia, as  informações não foram oficializadas e, por esta razão, o entendimento  dos presentes foi pela suspensão da assembleia.
Negociação se arrasta
O  BRB está em grande débito com seus funcionários. Esta diretoria, embora  tenha sofrido modificações agora no início de 2012, inclusive com a  substituição do presidente, vem mantendo uma linha de atuação desde  janeiro de 2011, após sua posse. É inegável que houve avanços neste  período, como o estabelecimento do maior piso da categoria, maior  atividade gratificada para os caixas, e ainda o maior benefício de  refeição/alimentação, itens reivindicados e negociados pelo Sindicato.
Porém,  esta diretoria do BRB herdou uma discussão sobre a reestruturação do  plano de carreira que, a seu pedido, ainda ao final de 2010, período de  sua composição pelo recém-eleito governo Agnelo Queiroz, foi postergada.
Agora,  após intensas discussões, por detalhes mínimos, porém importantes, o  conjunto do PCCR não pode ser debatido e votado pelos funcionários,  aumentando a descrença e frustração destes com a direção do BRB.O  Sindicato e os funcionários entendem a burocracia a que o banco se  obriga, porém, é incompreensível que esta burocracia seja empecilho para  a finalização dessa discussão. A necessidade de submeter qualquer  assunto relevante ao Conselho de Administração (Consad), e a necessidade  de se discutir também com o governo sempre existiu, em todas as  diretorias do banco.
A incompreensão decorre do fato de que esta burocracia que sempre se fez presente nunca impediu outras diretorias de assumirem compromissos com os funcionários, até mesmo “ad referendum” do Consad e do governo. Aliás, é de se perguntar: onde está a autonomia de gestão da diretoria? Será que o acionista majoritário, que detém mais de 97% das ações do banco, e que também controla o Consad na condição de acionista majoritário, desautorizaria a diretoria por ele indicada, criando um constrangimento desta com seus funcionários, colocando em xeque sua competência e capacidade de gestão? São perguntas que a atual diretoria deve responder.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília
 
				Link: https://seebcgms.org.br/noticias-gerais/brb-decepciona-e-bancarios-suspendem-assembleia/