25 de Março de 2008 às 09:56

Confederação quer contratação de toda a renda do bancário

O jornal O Estado de S. Paulo de segunda-feira (24 de março) traz uma página inteira dedicada ao pagamento das PLRs de diversas categorias. O texto fala do impulso dado à economia no segundo trimestre por conta do pagamento de “bônus recordes pagos em razão do espetacular desempenho das empresas alcançado no ano passado”.
 
A matéria traz ainda depoimentos de trabalhadores comemorando o recebimento dos bônus. Os dois trabalhadores, no entanto, destacam que tiveram que trabalhar muito para superar as metas estabelecidas pelas empresas. Um deles disse haver dias em que começa a trabalhar às 7h e só para às 19h, indo até em finais de semana. Tudo para cumprir as metas.
 
A realidade da pressão patronal pelo cumprimento de metas é conhecida dos bancários, assim como o assédio moral e as doenças ocupacionais, suas conseqüências diretas.
 
Por isso mesmo, a negociação e contratação coletiva da PLR adquire uma importância vital na renda variável dos trabalhadores bancários. “É uma renda regrada, prevista na Convenção Coletiva Nacional dos bancários. Não é pautada por metas ou desempenho individual, mas pressupõe a participação de todos na construção do lucro do banco”, explica William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf/CUT.
 
Ele esclarece que a Contraf e as entidades sindicais bancárias a ela filiadas defendem a contratação integral da renda do trabalhador, inclusive a variável. “Mesmo os programas próprios dos bancos entram nessa discussão. Queremos que sejam mais distributivos e atinjam todos os funcionários de maneira mais equânime. Pautar os ganhos no cumprimento de metas arbitrárias e muitas vezes irreais é uma ameaça à saúde do trabalhador”, analisa.
 
Nesse sentido, a PLR se torna um modelo para as discussões sobre a remuneração variável. Mas mesmo ela precisa de aprimoramentos, na visão dos sindicalistas. “Além de pagar um certo número de salários e um valor fixo para cada trabalhador, como já prevê a regra da nossa PLR, os bancos deveriam distribuir uma parte do lucro líquido de forma linear entre todos os funcionários, privilegiando a todos a despeito do cargo que ocupam”, sustenta William.
 
Contraf/CUT
 

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