3 de Novembro de 2025 às 09:17

Desemprego se mantém em 5,6% e atinge menor nível histórico, diz IBGE

Mercado de Trabalho

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, obtido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), repete a mínima histórica registrada desde o início da série, em 2012.

Esse foi o terceiro trimestre consecutivo em que o indicador se manteve no mesmo patamar. No mesmo período de 2024, a taxa estava em 6,4%.

De acordo com o IBGE, cerca de 6,045 milhões de pessoas estavam desempregadas no país — o menor número já registrado. O total representa uma queda de 3,3% (menos 209 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 11,8% (menos 809 mil) na comparação com o mesmo período do ano passado.

A população ocupada permaneceu estável em 102,4 milhões de pessoas, número recorde na série histórica. Em relação a 2024, houve um crescimento de 1,4%, o equivalente a 1,4 milhão de trabalhadores a mais.

O nível de ocupação — proporção de pessoas com trabalho em relação à população em idade ativa — ficou em 58,7%, estável no trimestre e 0,3 ponto percentual acima do registrado um ano antes.

A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira, avalia que o desempenho positivo no mercado de trabalho é resultado de economia aquecida, induzida por políticas públicas. "A queda no desemprego e aumento da criação de empregos formais, desde 2023, são reflexos de investimentos públicos e sociais planejados", refletiu a dirigente. "O acesso ao emprego de qualidade permite que famílias melhorem suas condições de vida, que saiam de situações de vulnerabilidade. Um exemplo disso é revelado em outro dado recente, divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, de que mais de 2 milhões de domicílios deixaram o Bolsa Família, entre janeiro e outubro deste ano, por conta do aumento de renda", completou.

Juvandia Moreira destacou ainda como importantes políticas públicas e que impactam no crescimento recente do país o aumcento de investimentos no Plano Safra, para o setor agrícola, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a infraestrutura, e na Nova Indústria Brasil (NIB), criada para impulsionar a industrialização até 2033. "O aumento de empregos com carteira assinada, portanto cobertos pelos direitos da CLT, revelam que essa queda na taxa de desocupação é uma queda com qualidade. Mas é preciso que haja continuidade desse desenvolvimento econômico e social que está sendo feito de maneira estruturada e planejada, pois o mercado de trabalho brasileiro ainda possui altos níveis de precarização", ressaltou a dirigente.

Formalização do emprego atinge novo recorde

O número de trabalhadores empregados no setor privado chegou a 52,7 milhões no trimestre encerrado em setembro, o maior contingente desde o início da série histórica. Apesar disso, o indicador apresentou estabilidade em relação aos trimestres anteriores.

Entre os empregados com carteira assinada (excluindo trabalhadores domésticos), o total alcançou 39,2 milhões, um novo recorde do IBGE. O dado ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas representa alta de 2,7% (mais 1 milhão de pessoas) em 12 meses.

Já o número de empregados sem carteira assinada ficou em 13,5 milhões, estável no trimestre e 4,0% menor do que no mesmo período de 2024 (menos 569 mil pessoas).

No setor público, o contingente de trabalhadores chegou a 12,8 milhões, uma alta de 2,4% em relação ao ano anterior.

A taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada, o equivalente a 38,7 milhões de pessoas — mesmo nível do trimestre anterior e inferior ao registrado em setembro de 2024 (38,8%).

Entre os trabalhadores por conta própria, o total chegou a 25,9 milhões, número estável no trimestre e 4,1% superior ao observado um ano antes (mais 1 milhão).

Por: CUT( com informações do G1* e Contraf)

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