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Neste dia 28 de agosto, comemora-se o Dia d@s Bancári@s Um dia especial para todos os trabalhadores e trabalhadoras das instituições financeiras, e um momento para comemorar e refletir sobre todas as conquistas e lutas em busca da garantia de direitos e de melhores condições de trabalho.

Os bancários e bancárias são a força que movimenta a economia, ajudando milhões de brasileiros a realizar seus sonhos e a garantir o acesso a serviços financeiros essenciais. Uma profissão que auxilia a população na conquista da casa própria, na aquisição de um carro novo, no financiamento estudantil, no empréstimo para abertura de um negócio, aquisição de um novo equipamento ou investimento na infraestrutura de uma empresa.

Além disso, esses profissionais são fundamentais na operacionalização de programas sociais, como o Bolsa Família e o Pé de Meia, garantindo que o auxílio chegue de forma rápida e segura a quem mais precisa.

A data, que remete à histórica greve de 1951, sempre foi um marco de luta e conquistas. Desde então, a jornada de conquistas tem sido contínua, com a garantia de acordos coletivos, melhores salários e benefícios. Por isso, para a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Rodrigues, a data é simbólica para enaltecer a resistência de todos os bancários e bancárias.

“Essa data simboliza a força e a resistência dos trabalhadores. Me sinto muito honrada de fazer parte desse movimento sindical e poder dar continuidade a essa luta de garantia dos nossos direitos”, afirma Neide.

Desafios da categoria

Além de celebrar as conquistas, neste dia 28 de agosto é necessário que a união seja uma palavra essencial no vocabulário de todos os bancários e bancárias. Em um cenário de constantes mudanças tecnológicas e desafios no mercado de trabalho, a unidade nacional e a organização da categoria se mostram mais importantes do que nunca.
“Estamos passando por um momento muito difícil, temos que lutar diariamente por nossos empregos e nossos direitos. O fechamento das agências por todo o Brasil, a diminuição dos empregos, entre outras coisas, nos sinaliza algo muito grave. Mas não podemos baixar a guarda, se estivermos juntos e motivados, como sempre estivemos, acredito que passaremos por isso e no futuro lembraremos com muito orgulho das nossas vitórias”, disse a presidente.

Entre as bandeiras de luta dos movimento sindical bancário, estão:

• contra o fechamento de agências bancárias e em defesa do emprego bancário - a tecnologia não pode ser usada para extinguir empregos e nem para fechar agências físicas, como os bancos têm feito nos últimos anos.;
• luta contra às práticas de contratação fraudulenta, principalmente as adotadas pelo banco Santander;
• contra a “pejotização” irrestrita;
• saúde e condições de trabalho, com o combate às metas abusivas e aos assédios moral e sexual;
• defesa dos bancos e empresas públicas e a importância dos serviços públicos;
• regulação do Sistema Financeiro Nacional.

Greve de 1985

O Dia d@s Bancári@s deste ano ainda ganha um brilho especial porque a categoria também comemora os 40 anos de uma outra greve, de 1985, que está gravada na história por uma série de fatores: foi a primeira paralisação depois do golpe militar de 1964, foi a maior greve de todas porque parou completamente o sistema financeiro de norte a sul do país (conseguiu mobilizar mais de 500 mil bancários e bancárias) e porque construiu a unidade nacional da categoria, que se consolidaria com a conquista da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em 1992.

Além da jornada diária de 6h e a união da data base, em 1985, os bancários conquistaram reajuste salarial de 90,78% e antecipação de 25% diante do processo inflacionário que corroía os ganhos dos trabalhadores na ordem de 10% ao mês.

“Essa é a história de luta e conquistas da nossa categoria, organizada e combativa, servindo de referência para outros movimentos de trabalhadores. A greve de 1985 e suas conquistas são um lembrete de que a união e a resistência são essenciais para a defesa de direitos e para a construção de um futuro mais justo para todos”, concluiu Neide.

Por: Comunicação do SEEBCG-MS