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O dia 10 de dezembro carrega um significado especial para toda a sociedade, marcando duas datas importantes no calendário mundial: o Dia Internacional dos Direitos Humanos e o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. Ambas as celebrações reafirmam a necessidade de luta permanente pela dignidade, igualdade e justiça social.

Para os bancários e trabalhadoras e trabalhadores de todo o mundo, esta data é um chamado à reflexão sobre a importância de garantir condições dignas de trabalho, salários justos e a defesa dos direitos fundamentais, pilares indispensáveis de qualquer democracia.

A luta por melhores condições de trabalho é, em essência, uma luta por direitos humanos. Para o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, garantir ambientes seguros, saúde mental preservada e respeito às jornadas de trabalho não é apenas uma questão sindical, mas um compromisso com os princípios universais da dignidade e do respeito.

A jornada de trabalho excessiva, a pressão por metas irreais e o assédio moral são apenas alguns exemplos de como as violações dos direitos trabalhistas se manifestam no cotidiano dos bancários. Segundo uma pesquisa recente da Contraf e UNB, cerca de 80% dos trabalhadores do ramo financeiro declararam ter tido ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano (destes, quase metade está em acompanhamento psiquiátrico), revelando um cenário alarmante. 

"Os direitos humanos no ambiente de trabalho não são um favor, mas uma conquista que deve ser protegida diariamente. Neste 10 de dezembro, reafirmamos nosso compromisso com a luta pelos direitos humanos e exigimos jornada de trabalho digna, melhores condições de trabalho, respeito à saúde mental, salários justos e o fim da precarização do trabalho", diz a presidenta do sindicato, Neide Rodrigues.

O sindicato destaca ainda que a organização e a união são essenciais para conquistar avanços significativos, como neste ano de 2024, com a assinatura de uma nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária, garantindo a manutenção de todos os direitos, ganhos reais e 10 novas cláusulas, que se somam às mais de 100 cláusulas da CCT.

A Declaração Universal e seus 76 anos de legado

Adotada em um contexto pós-Segunda Guerra Mundial, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi criada como resposta às atrocidades vividas durante o conflito. Contendo 30 artigos, o documento estabelece os direitos básicos que todo ser humano deve ter garantidos, independentemente de raça, gênero, classe social, orientação sexual, crença religiosa ou nacionalidade.

Entre os principais pontos, a Declaração reforça o direito ao trabalho digno (Artigo 23), à liberdade de associação sindical (Artigo 20) e à proteção contra o desemprego. 

Mas a data não é apenas uma celebração, mas também um alerta: ainda há muito a ser feito. Segundo a ONU, a desigualdade, o desemprego e as violações aos direitos trabalhistas continuam sendo desafios globais.

Por: Comunicação do SEEBCG-MS