22 de Fevereiro de 2017 às 23:25
Previdência Social
Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação
A reforma da Previdência (PEC 278/2016), que segue em tramitação na Câmara Federal e vem causando grande repercussão no país, foi debatida nesta quarta-feira (22), na Assembleia Legislativa. A proposta da audiência pública “Reforma da Previdência do Campo e da Cidade” foi do deputado estadual João Grandão (PT). Os diretores do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região também participaram da audiência.
Um dos pontos centrais do projeto é a unificação das regras de acesso e benefício iguais entre trabalhadores, não importando se homens ou mulheres, se urbanos ou rurais, se oriundos do setor privado ou público. A proposta prevê a idade mínima de 65 anos para aposentadoria , com pelo menos 25 anos de contribuição. Para obter o beneficio integral, a exigência passará a ser 49 anos de contribuição INSS.
Para o deputado João Grandão, esta medida é equivocada e está faltando diálogo sobre o assunto. Outro ponto que o parlamentar quer debater é referente ao trabalhador rural. “A vida no campo não é fácil, pois exige esforço físico, diferente das outras atividades laboral. Pela proposta, o trabalhador rural passaria a ter uma contribuição individual, em vez da contribuição sobre a venda, como ocorre hoje. Esse trabalhador não tem capacidade de ter renda líquida para pagar previdência. Essa modificação tira a expectativa em mais de 70% de alcançar a aposentadoria”, mencionou.
Em MS, a estimativa da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de MS (Fetagri) é que 200 mil trabalhadores rurais sejam prejudicados, caso a reforma seja aprovada.
A economista e supervisora técnica do escritório do Dieese de Mato Grosso do Sul, Andreia Ferreira, apresentou informações sobre o sistema de seguridade social. “O que está em risco são os direitos sociais já adquiridos pelos cidadãos. Todos nós seremos afetados se essa reforma nefasta for efetivada”, revelou Andreia.
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Encaminhamentos
Foi formulada uma nota de repúdio e assinada por todas as entidades presentes; será elaborado um calendário de audiências públicas nos municípios do Estado (já agendado em Coxim); incorporação do manifesto da Contag em defesa da previdência social; o pedido de retirada do texto sobre a seguridade especial, que nem entre na discussão da PEC.
OAB
Os dirigentes do sindicato também participaram de outra audiência pública sobre a reforma da previdência, desta vez, na OAB/MS. Por ser um tema polêmico e que diz respeito a toda sociedade, a Ordem se comprometeu em realizar o debate para esclarecimento de todos.
Link: https://seebcgms.org.br/noticias-gerais/diretores-do-sindicato-participam-de-audiencia-publica-sobre-a-reforma-da-previdencia/