15 de Fevereiro de 2017 às 11:58

Emprego é prioridade para os bancários

Emprego

Jaílton Garcia/ Contraf-CUT

Um setor que segue com excelentes resultados, mas promove corte de 20 mil postos de trabalho. Assim atuam os bancos no Brasil e os sindicatos querem alterar esse quadro.

Conquista da Campanha Nacional Unificada 2016 – que teve como uma de suas principais bandeiras a defesa do emprego, ameaçado pelas reestruturações e pelas novas plataformas digitais dos bancos – foi realizada na quarta-feira 8 a segunda reunião do Grupo de Trabalho Bipartite de Requalificação e Realocação Profissional, em São Paulo. O GT discute critérios para a construção de centros de requalificação e realocação de empregados, conforme cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2016/2018).

O Sindicato de São Paulo cobrou da federação dos bancos (Fenaban) mais transparência na divulgação das informações. Conforme solicitado pelos representantes dos trabalhadores no primeiro encontro do GT, em 18 de janeiro, a Fenaban apresentou um documento com ações desenvolvidas pelos bancos para requalificar os funcionários de forma que eles possam trabalhar nesse novo ambiente tecnológico e organizacional.

Os representantes dos bancários, no entanto, identificaram que muitos projetos só estão no papel e que falta divulgação para todos os funcionários e para o movimento sindical.

“Não é possível um setor que lucra tanto cortar tantos empregos”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva. “Esta foi a segunda reunião do GT e ainda temos muito a avançar. Deixamos claro para a Fenaban que queremos garantir que os bancários não sejam penalizados ou demitidos por mudanças tecnológicas e organizacionais impostas pelos bancos. Essa evolução não pode ser prejudicial aos trabalhadores”, reforça a dirigente, que participou da reunião.

Oportunidades – O Sindicato cobrou igualdade de oportunidades e democratização das informações para que todos os bancários conheçam as vagas existentes, os locais e as funções. E transparência na divulgação das habilidades, conhecimentos e talentos necessários para cada vaga e função oferecida, assim como objetividade nos critérios de seleção interna. Além da garantia de que não exista nenhum tipo de discriminação nas oportunidades.

Outra reivindicação foi de compartilhamento da responsabilidade da qualificação: os bancos têm de ajudar a bancar as atualizações de conhecimento dos trabalhadores e a evolução tecnológica não pode ser motivo de milhares de demissões sem justa causa. O Sindicato ressaltou, ainda, que quer ter conhecimento sobre a efetividade das ações dos bancos e maneiras de quantificar e qualificar quantos trabalhadores foram requalificados, realocados.

Fonte: SEEB/São Paulo

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