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Na noite dessa terça-feira, dia 31 de outubro, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, em parceria com o Sinergia-MS, realizou uma roda de conversa sobre o câncer de mama e de próstata. A ação faz parte das campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul.

A organização do evento ficou por conta das Secretarias das Mulheres e de Saúde, através dos dirigentes sindicais Luciana Rodrigues e Everton Espindola, respectivamente.

"Temos percebido um número crescente de trabalhadores acometidos por essas doenças, inclusive bancários e bancárias em tratamento, por isso, queríamos expandir as informações sobre a prevenção para que as pessoas se cuidem mais, previnam-se mais. A saúde é prioridade aqui no sindicato, tanto que criamos nesta gestão a secretaria de saúde, para orientar e cuidar da categoria, porque a prevenção é tudo", disse a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

Superação

Durante o evento, três pessoas que venceram o câncer deram depoimentos emocionantes, tornando a ocasião especial e cheia de inspiração.

Elisabete Araújo Neves é bancária do Banco do Brasil há 20 anos, e, em plena pandemia, foi diagnosticada com câncer de mama. Ela contou que sempre fez os exames anualmente, mas que, em 2021, uma mamografia detectou um tumor de 0,7 milímetros. "O nódulo era menor que um grão de arroz. Chorei por dias quando o diagnóstico chegou. Precisei passar por pulsão, cirurgia de retirada do tumor, sessões de radioterapia (IMRT) e de quimioterapia. Mas, graças a um diagnóstico no início da doença, estou aqui para dar meu relato dois anos depois e alertar as demais mulheres para se atentarem a este perigo e façam o exame regularmente. O diagnóstico precoce definiu o meu futuro", comentou Elisabete.

A contadora Eunice Nascimento passou por sua situação semelhante: ao fazer os exames de prevenção, descobriu um câncer de mama. Sem plano de saúde, todo o tratamento foi feito pelo SUS. "Quando recebi o diagnóstico parece que o chão se abriu, fiquei triste, chorei, mas parece que, a partir disso, as portas se abriram e encontrei anjos que me ajudaram. Fui diagnosticada em novembro de 2020 e, em janeiro, já estava sendo operada. Mas como estava bem no início da doença, isso foi o que salvou a minha vida", relatou Eunice.

O engenheiro civil aposentado José Aluízio Machado, de 67 anos, pela primeira vez, fez um depoimento em público sobre a superação do câncer de próstata. Emocionado, contou que o alerta da doença veio com o resultado do PSA e, depois, o diagnóstico definitivo foi através da biópsia. Ele passou por uma cirurgia robótica para a retirada da próstata, em São Paulo. "Sempre fiz regularmente o exame do PSA, mas essa doença é silenciosa e, quando diagnosticada (em janeiro deste ano), estava em estágio 4. Por passar por uma cirurgia considerada de sucesso, não precisei fazer sessões de radioterapia ou quimioterapia. E estou aqui para contar meu relato para alertar os demais homens. Nós homens somos muito desprevenidos em relação à doença e acreditei que seria interessante salientar isso para os demais, para alertá-los quanto ao cuidado com a sua saúde".

Prevenção

A biomédica Dr. Bruna Hoff, do Laboratório Sabin, fez também uma explanação sobre a prevenção dos cânceres que mais atingem mulheres e homens: de mama e de próstata, respectivamente.

Para o Brasil, foram estimados, em 2023, 73 mil casos novos de câncer de mama e 62 mil de câncer de próstata. O câncer de próstata é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. 

Segundo a biomédica, o diagnóstico precoce, com o tratamento adequado, pode aumentar as chances de cura em até 90%. 

"Por isso, no caso das mulheres, o primeiro passo é se conhecer, conhecer seu corpo, e fazer o autoexame da mama durante o banho, para tentar perceber algum nódulo. Para quem passou dos 40-45 anos, o exame importantíssimo é o da mamografia, que deve ser feito anualmente, conforme preconiza o Ministério da Saúde. No caso dos homens, o principal exame é o PSA, que é de sangue e  pode ser solicitado por qualquer médico, não precisa ser somente o urologista. Mas, quando for fazer o exame, siga as orientações do laboratório para que não haja alteração. Mas caso o exame seja alterado, é preciso fazer a investigação", disse. 

A biomédica relatou ainda que os principais fatores de risco das duas doenças são bebida alcoólica, tabagismo, sedentarismo e obesidade. No caso do câncer de próstata, o risco aumenta com o avançar da idade. "Hábitos saudáveis podem ajudar a reduzir os riscos, mas o principal é ir regularmente ao médico e fazer os exames  todos os anos". 

Confraternização

Após os depoimentos e informações sobre a prevenção, houve sorteio de brindes, como caixa térmica, garrafa térmica, caneca, guarda chuva, boné, cesta de chocolate, entre outros.

Também teve um coffee break proporcionando um momento de convívio entre os participantes.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação