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Os delegados eleitos nas bases dos 13 sindicatos filiados concluíram no domingo, 13 de abril, em Brasília, o 12º Congresso da Federação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) com a aprovação de um texto-base com os princípios e eixos que nortearão a ação sindical nos próximos anos e a eleição da nova diretoria da entidade, que terá novamente Rodrigo Britto na presidência. O mandato vai até 2029.

A presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, foi eleita vice-presidenta da federação. Também foram eleitos diretores da Fetec, os bancários da base de Campo Grande e região: Dyego José Terra Rezende, José Bonifácio Rodrigues, Marluce Xavier Freire Caires, Patricia da Silva Soares e Roberto Ribeiro. A delegação do SEEBCG-MS ainda foi composta pelos delegados e delegadas: Luciana Rodrigues, Marcley Telles Moura Amaral,  Rubens Jorge Alencar e Alvaro Marzochi Jara.

"Assumo com muito orgulho a vice-presidência da Federação, representando Mato Grosso do Sul, Campo Grande e as mulheres. É uma enorme responsabilidade fortalecer o envolvimento da Federação na defesa dos direitos de todos os trabalhadores, e não apenas aqueles do ramo financeiro, inspirados pela organização da nossa categoria e conquistas na nossa Convenção Coletiva de trabalho”, destacou a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

Os eixos de luta aprovados pelos delegados e delegadas vão nortear a ação da próxima gestão. “Foram aprovados eixos como: a defesa da democracia, a manutenção da convenção e dos acordos coletivos com ampliação de direitos e a organização dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro a partir das suas realidades e da base. Também está contemplada nos eixos de luta a preocupação que temos na defesa dos biomas das regiões Norte e Centro-Oeste do país, como a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal e a Mata Atlântica e a participação da categoria na COP 30”, comentou o presidente da Fetec-CUT/CN, Rodrigo Britto.

Os debates e aprovação dos eixos prioritários da federação foram antecedidos por discussões sobre a conjuntura política e econômica, com a presença da deputada federal e bancária Erika Kokay e do economista Jorge Gouveia. Também houve apresentação de estudos do Dieese e do Diap, com dados sobre as transformações na categoria bancária,a questão do fechamento de agências, o perfil dos trabalhadores do ramo financeiro, a agenda da classe trabalhadora e os desafios políticos e eleitorais.

Sociedade Justa

O 12º Congresso da Fetec Centro-Norte foi realizado entre os dias 11 e 13 de abril, em Brasília-DF. Na abertura solene, na noite da sexta (11), focou em críticas contundentes ao sistema financeiro e ao capitalismo, denunciando a profunda desigualdade social no Brasil e defendendo a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

“A ganância do sistema financeiro e do capitalismo mata. A maior demonstração que as  desigualdades geram, e que não fazem bem para a nossa sociedade, é que no Brasil temos as cinco pessoas mais ricas do país detendo a mesma riqueza do que os 105 milhões de brasileiros que estão na base da pirâmide. Precisamos combater isso. Precisamos ter qualidade de vida, precisamos construir uma sociedade onde possamos mostrar afeto e que respeite cada indivíduo com suas particularidades, e não uma sociedade onde prevaleça a intolerância, o ódio e o preconceito acima da vida humana”, disse o presidente Rodrigo Britto na abertura. 

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, participou da abertura do evento e também ecoou as críticas ao capitalismo.  “estamos sofrendo as consequências do modelo de capitalismo predatório que está destruindo o planeta e nós, trabalhadores, precisamos enfrentar essa discussão para defender nossos direitos e o futuro da humanidade”.

Esse modelo, segundo Juvandia, está concentrando cada vez mais a riqueza e aumentando a precarização de quem vive do trabalho. “É fundamental que a classe trabalhadora faça essa discussão para fortalecer sua organização e unidade e lute contra esse capitalismo”, disse. Ela também criticou o Congresso Nacional conservador, “que se apropriou de grande parte do orçamento federal e interditou qualquer discussão que favoreça os direitos dos trabalhadores”.

Por: Fetec-CUT/CN - com edição da Comunicação do SEEBCG-MS