7 de Maio de 2008 às 10:56

Idec: bancos oferecem pacotes mais caros

O Conselho Monetário Nacional baixou determinação no final do ano passado para tentar conter o abuso que os bancos cometem na cobrança de tarifas e, conseqüentemente, proteger os clientes da sede de lucros comum nas instituições. As instituições tiveram até o último dia 30 para se adequar à nova realidade, mas, ao que parece, usaram o tempo para montar uma estratégia onde continuassem ganhando em cima da sociedade.
 
Uma pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em dez bancos constatou que a maioria (80%) oferece pacotes de serviços padronizados mais caros do que outras opções.
 
“As propostas apresentadas por oito bancos driblam o objetivo da nova resolução”, destaca nota publicada pelo Idec. Por meio desse comunicado, a coordenadora executiva do instituto, Marilena Lazzarini, disse que “não é à toa que as instituições financeiras estão sempre entre os primeiros no ranking de reclamação dos órgãos de defesa do consumidor”.
 
“O consumidor continua sem instrumento de comparação porque os pacotes fora da padronização são mais vantajosos, neutralizando a intenção de se permitir a melhor escolha”, disse Lisa Gan, gerente de informação do Idec.
 
Exemplos – De acordo com o levantamento, os bancos Itaú e Caixa Econômica Federal são os que cobram as tarifas mais baixas pelo pacote padronizado (R$ 15). No caso do primeiro, o cliente pode optar por outro sistema – o Maxiconta Econômica – que custa quase a metade (R$ 8,50), com a vantagem de permitir que se efetuem oito transferências a mais para contas dentro do próprio Itaú. Quanto à Caixa, pagando R$ 12,50, o correntista não tem limite no número de saques, enquanto no padronizado, a gratuidade é válida apenas até quatro operações do gênero.
 
Outro exemplo é o HSBC, que fixou em R$ 21 o tipo de prestação de serviço padronizado e a opção de um pacote no valor de R$ 20 em que não há limite para a oferta de cheques. Já no Banco Real, a tarifa é a mesma entre as duas situações (R$ 27), só que fora do padronizado, o banco disponibiliza 15 cheques, dois saques e quatro transferências entre contas a mais.
 
Luta – O Idec defende a revisão das medidas e encaminhou na segunda, dia 5, sugestão nesse sentido ao Ministério do Planejamento e ao Banco Central. Além disso, pretende publicar, a partir de terça, dia 6, no site www.idec.org.br, esclarecimentos sobre as normas que devem ser cumpridas, uma tabela com os valores dos pacotes oferecidos pelas instituições pesquisadas e orientações.
 
André Rossi, do SP Bancários, com Agência Brasil
 

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