24 de Março de 2014 às 07:43

II Censo da Diversidade vai até 25 de abril

REDUZINDO A DESIGUALDADE

Objetivo é traçar perfil da categoria a fim reduzir a desigualdade que atinge grupos como negros, PCDs, gays, lésbicas, transexuais e travestis

São Paulo - A categoria bancária luta incessantemente por igualdade de oportunidades, mas a realidade dentro dos bancos é dura, principalmente para negros, pessoas com deficiência, gays, lésbicas, transexuais e travestis. Os salários são desiguais e as oportunidades de ascensão profissional são poucas ou inexistentes. E para traçar um perfil da categoria em busca de mudar esse quadro, em 2008, cerca de 200 mil bancários de todo Brasil – o que representou 50% da categoria à época – responderam ao primeiro censo que resultou no Mapa da Diversidade.

Passados seis anos, o que mudou na categoria e o que avançou? Participando, em breve os bancários poderão saber. Entre 17 de março e 25 de abril, todos devem responder ao II Censo da Diversidade, conquista dos 23 dias de greve da Campanha Nacional 2013. “A partir das respostas, poderemos cobrar políticas eficazes com objetivo de diminuir as desigualdades. O Mapa da Diversidade é uma reivindicação do movimento sindical para o fim de toda forma de discriminação em bancos públicos e privados”, destaca a diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro.

Como responder – Com o slogan Somos diferentes, somos iguais , o censo estará disponível na internet no endereço www.febraban-diversidade.org.br. São questões sociais e profissionais e as respostas são sigilosas e confidenciais. Um glossário sobre alguns termos, como o que significa a sigla LGBT, o que é identidade de gênero, transgênero, entre outras palavras, estará disponível no endereço.

A relação dos bancários que participam foi composta tendo como base a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de dezembro de 2013. Profissionais admitidos em 2014 não estão cadastrados e não responderão.

Muito a ser conquistado – A primeira edição do mapa revelou que as mulheres ganhavam 78% dos salários dos homens e encontravam mais obstáculos para a ascensão profissional. Apenas 19,5% dos bancários eram negros ou pardos, com ganho médio de 84,1% do salário dos brancos. A categoria tinha somente 8% de negras. “Agora, queremos, além dessas informações atualizadas, saber mais sobre as pessoas com deficiência. Nem todos os bancos cumprem as cotas e mais que isso: não oferecem oportunidades para os deficientes crescerem na carreira”, alerta Neiva.

Xô, preconceito! – “Nossa luta por cidadania e uma sociedade justa e igualitária está em ações como a conquista do censo. Nesta edição, por exemplo, também serão tratadas questões sobre a orientação sexual que devem ser respondidas pelos trabalhadores. O tema é polêmico por conta do preconceito vivido diariamente.

É necessário falar sobre identidade de gênero e o assunto não pode ser, de maneira alguma, um fator de discriminação”, explica a dirigente sindical. Assim é que se avança. O Sindicato foi um dos primei ros no Brasil a debater em mesa de negociação questões sociais. Entre as conquistas, estão os direitos iguais para os casais homoafetivos, realidade desde 2009.

Gisele Coutinho -

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