19 de Dezembro de 2019 às 07:10

Jornal O Estado de MS retrata impacto da MP 905 para os bancários

Direitos Trabalhistas

A Medida Provisória (MP) 905/2019 é considerada por muitos uma nova reforma trabalhista, já que afeta diretamente pontos propostos na CLT, e dizem respeito à fiscalização trabalhista, obtendo diversas propostas de alterações, já que desagrada aos sindicatos das categorias atingidas, e entre eles está o Sindicato dos Bancários. Em Campo Grande, a categoria tem se organizado e participado de reuniões para buscar garantia do cumprimento do acordo de trabalho, negociado em 2018, que pode ser afetado pela implantação da MP. 

Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Maria Rodrigues, em todo o país houve uma comoção com o anúncio da MP 905/2019, os levando a se reunir com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), para debater os pontos que poderiam afetar a categoria, já que algumas propostas eram medidas debatidas em outras negociações. 

“Logo após a publicação da MP, nós tivemos uma reunião com da Fenaban e o que está apresentado na medida já foi debatido durante a negociação em 2018. Nós questionamos se foram eles que propuseram essas mudanças, e eles não negaram, disseram que buscaram o governo para realizar essas alterações. Naquele momento, ficou acertado que essa medida não seria implementada, até que a categoria implantasse um novo acordo”, relata. 

A categoria, na tentativa de impedir que fossem cortados direitos conquistados por meio dos acordos coletivos, que são realizados a cada dois anos, iniciou a negociação de um aditivo. “Na última reunião, nós propusemos um aditivo de compromisso, em cumprir o que estava acordado no nosso contrato coletivo de trabalho, que possui vigência até setembro do ano que vem, mas nós pedimos a prorrogação até dezembro”, aponta. Outro ponto da  medida que afeta os direitos dos bancários é que altera o piso salarial, havendo uma redução de R$ 901. 

“Outro ponto foi a alteração da carga horária, sendo nossa jornada de segunda a sexta, e 30h semanais, eles pedem para aumentar para 8 horas, seriam 44 horas semanais”, destaca. As mudanças na lei alteram a jornada, mas não preveem adequação salarial. 

“A questão é que não foi repassado para o comando nacional para que esse aumento aconteça. Em diversas vezes, foi realizada uma negociação em que o bancário trabalhou mais, mas recebeu suas horas extras.”

Texto: Amanda Amorim/Jornal O Estado de MS
Foto: Jornal O Estado de MS

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