23 de Abril de 2012 às 14:49
A Contraf-CUT está cobrando transparência dos bancos na divulgação da  queda dos juros cobrados dos clientes, informando taxas mínimas e  máximas para cada linha de crédito antes e depois da redução. Os números  até agora veiculados pela imprensa, especialmente pelos bancos  privados, não permitem a comparação entre as instituições. 
"A estratégia do governo de usar os bancos públicos para forçar o  sistema financeiro a baixar os juros e o spread bancário, que era uma  reivindicação do movimento sindical, foi acertada e já surtiu os  primeiros efeitos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.  A  partir do corte efetuado pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica  Federal, bancos privados como HSBC, Santander, Bradesco e Itaú recuaram e  anunciaram também redução nos juros.  
"Mas a diminuição feita, sobretudo, pelos bancos privados ainda é muito  pequena, nebulosa e restrita, não atingindo todas as modalidades de  crédito. A queda nos juros precisa ser ampla, transparente e não pode  ser uma jogada de marketing diante da pressão do governo e da  sociedade", aponta o dirigente sindical. 
Segundo avaliação preliminar do Dieese, é hoje impossível aos clientes  dos bancos saber quais taxas foram reduzidas, diante da falta de  transparência nas informações divulgadas. 
"É preciso que os bancos reduzam de fato os juros, como forma de  baratear o crédito e contribuir para o desenvolvimento econômico e  social do país com inclusão social e distribuição de renda", destaca  Cordeiro. 
Para o presidente da Contraf-CUT, "é hora também do Banco Central  padronizar regras e critérios, a fim de possibilitar aos clientes a  comparação entre as taxas de juros dos bancos. Além disso, o BC tem que  cobrar das instituições financeiras maior transparência e normas claras  para fazer a portabilidade das contas correntes". 
Cordeiro defende também o aumento da oferta de crédito, que hoje é de  apenas 49% do PIB, enquanto nos países desenvolvidos chega a ser mais  que o dobro. "Isso é imprescindível para sustentar o desenvolvimento  econômico e social do país", aponta o dirigente sindical. 
"A redução dos juros é fundamental para a queda do spread no Brasil, que está muito acima do padrão internacional", conclui o sindicalista.
Fonte: Contraf-CUT 
 
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