7 de Agosto de 2025 às 16:48
Luta
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Nesta quinta-feira, 7 de agosto, a Lei Maria da Penha, um marco histórico na proteção, prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, completa 19 anos de sua promulgação. A data, que deveria ser de celebração pelas conquistas, é também um momento de profunda reflexão e reforço da luta, especialmente em estados como o Mato Grosso do Sul, que apresenta um cenário desolador. Apenas em 2025, já foram registrados 21 casos de feminicídio no estado, uma estatística que o coloca entre os mais violentos para as mulheres no país.
Diante dessa realidade, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, por meio de sua Secretaria de Mulheres, intensifica seu compromisso em defesa dos direitos e da vida das trabalhadoras. A categoria tem sido um campo de importantes batalhas e conquistas, como a implementação de programas contra os assédios moral e sexual de prevenção à violência doméstica e familiar voltados para as bancárias.
Ainda este ano, a entidade pretende implantar em Mato Grosso do Sul o Projeto "Basta, não irão nos calar!". A iniciativa, que já é uma realidade em sindicatos espalhados pelas cinco regiões do país, representando trabalhadoras de 485 cidades, oferece assistência jurídica e psicológica a mulheres do ramo financeiro em situação de violência doméstica.
A secretária de Mulheres do SEEBCG-MS, Luciana Rodrigues, destaca a urgência da implementação do programa no estado.
"Estamos em um dos estados mais violentos com as mulheres, e sentimos a necessidade de trazer para cá essa importante ferramenta de apoio. O primeiro passo será a capacitação de nossa equipe para que possamos implantar o projeto em Campo Grande e, posteriormente, expandi-lo. Não podemos mais aceitar essa realidade de braços cruzados", afirma.
A violência contra a mulher segue como uma chaga em todo o território nacional. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelaram que em 2024 o país registrou 1.492 feminicídios, o que equivale a uma média de quatro mortes por dia. De acordo com a publicação, essa é a maior taxa desde 2015, quando a legislação brasileira passou a tipificar o crime com a Lei 13.104/2015.
A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em delegacias e órgãos especializados. Está disponível também o Ligue 180, central de atendimento à mulher, que funciona 24 horas por dia, é gratuito e confidencial.
Por: Comunicação do SEEBCG-MS
Link: https://seebcgms.org.br/noticias-gerais/lei-maria-da-penha-completa-19-anos-com-desafios-crescentes-no-combate-a-violencia-de-genero/