13 de Novembro de 2014 às 12:33

Os pobres e a bancarização

Pesquisa

 A retomada do crescimento econômico e o aumento sustentado da renda, acompanhados de melhorias distributivas, levaram a uma queda significativa da pobreza no Brasil nos últimos anos. As pesquisas do IBGE/PNAD e Ipea revelam uma queda de 51,3% do número de pessoas consideradas pobres, entre 2001 e 2013, e de 5,4% sobre 2012. Já da extrema pobreza, a queda foi de 59% frente a 2001, apesar da alta de 3,7% sobre 2012.

O número de pessoas em domicílios com renda domiciliar per capita inferior à linha de pobreza, em 2001, era de 58.963.230. Em 2013 esse número passou para 28.698.598. A linha de pobreza é considerada o dobro da linha de extrema pobreza, uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa, com base em recomendações da FAO e da OMS.

Se em 2001, o número de indivíduos extremamente pobres era 25.520.845, em 2013 esse número baixou para 10.452.383.

De modo simples, pode-se dizer que a pobreza corresponde à condição de não satisfação de necessidades humanas elementares como comida, abrigo, vestuário, educação, assistência à saúde, entre outras. Contabilizam-se como pobres, as famílias cuja renda seja inferior à linha da pobreza (nível crítico de renda).

Quando a linha da pobreza se baseia apenas no custo da alimentação, fala-se em pobreza extrema, indigência ou mesmo em insegurança alimentar.

Com relação à população brasileira, dados da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome da apontam que, entre 2001 e 2013, a taxa de pobreza caiu quase três vezes, passando de 22,8% para 7,9%. A taxa de extrema pobreza caiu mais da metade, saindo de 8,1% para 3,1%.

  

Bancarização

Com a queda da pobreza e consequente aumento da renda da população brasileira, mais pessoas passaram a ter acesso aos serviços bancários, promovendo um crescimento extraordinário da rede bancária, nos últimos anos.

Este crescimento, porém, não acontece através das tradicionais agências ou postos de atendimento bancário (PABs), mas por intermédio de lojas de varejo dos mais diversos ramos de atividade, as quais atuam como correspondentes bancários (CBs).

Os CBs são empresas contratadas pelos bancos para prestação de serviços de atendimento a clientes e usuários dessas instituições. Entre eles, estão as casas lotéricas, redes de supermercados, drogarias, lojas de móveis e até as agências do Correios.

No entanto, o processo de bancarização impulsionado pelas instituições financeiras, principalmente com a expansão dos correspondentes bancários não é visto com bons olhos pelo Sindicato, que acredita que essa prática é uma forma de tirar os usuários de baixa renda de dentro das agências.

“Os bancos dizem que os correspondentes bancários são um meio de ‘inclusão financeira’ e que a ‘preferência’ de uso é do cliente. Entretanto, a história não é bem assim. Dessa forma, ao invés de cumprir efetivamente o seu papel social, as instituições financeiras estão excluindo os clientes considerados menos lucrativos”, avalia o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação

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