8 de Setembro de 2015 às 10:03

Previdência e patrões querem impor retrocessos no FAP

NOTA

Confira Nota Pública da Comissão de Saúde do Trabalhador (COMSAT) do Sindicato dos Químicos do ABC sobre as propostas de mudanças no Fator Acidentário de Prevenção (FAP):

No dia 27 de agosto, em reunião no Conselho da Previdência, a Previdência com a conivência dos patrões, em vez de colocar em votação no Conselho um novo procedimento de cobrança do FAP, simplesmente informou que a partir de 2016 o FAP será calculado por filial e não mais pelo CNPJ de toda a empresa. Isso significa que um grande conglomerado químico ou metalúrgico (montadoras), em vez da cobrança do FAP ser de toda a empresa, será picotado por cada filial. Se a filial não apresentar números significativos de acidentes, o FAP poderá cair pela metade, e a cobrança ser insignificante para outros setores e filiais. Isso fere a política geral de promoção, proteção e prevenção em Saúde e Segurança de cada empresa como um todo, pois os problemas que afetam aos trabalhadores são gerais independente do setor ou filial de empresas. O objetivo foi só um: aliviar a punição para as empresas e baratear o seguro acidente, com isso patrões terão isenção em milhões de reais para a previdência prejudicando ainda mais a deficitária conta previdenciária do seguro acidente.

( Veja nota anterior).

Só que a Previdência e patrões não querem parar por aí. Querem avançar no retrocesso ainda maior:

- Querem retirar todos os acidentes de trajeto. Em 2013, foram mais de 111 mil. A lei é clara. Cabe aos patrões essa responsabilidade, pois os trabalhadores para ir até os locais de trabalho devem superar uma série de obstáculos de mobilidade não escolhidos por eles;

- Retirar cerca de 450 mil acidentes com menos de 15 dias do cálculo, o que representa varrer para debaixo do tapete cerca de 61% dos riscos de acidentes e doenças dos locais de trabalho;

- Retirar o fator de rotatividade, significa empurrar os custos dos acidentes para a sociedade e trabalhadores demitidos;

- Dar bonificação no FAP (bônus), às empresas que apresentem mesmo na comparação entre elas invalidez e morte acidentária.

A COMSAT do Sindicato dos Químicos do ABC repudia essa atitude do governo e patrões em desrespeitar a Constituição Federal(CF). A CF é clara: (art. 7º - XXVIII) o seguro acidente é obrigação exclusiva do empregador.

Não ao desmantelamento do FAP!

Setembro 2015

COMSAT - Sindicato dos Químicos do ABC

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