17 de Dezembro de 2024 às 11:52

Relatório do Dieese expõe problemas no resultado do BRB no 3º trimestre

BRB

O relatório detalhado do Dieese sobre os resultados financeiros do BRB de janeiro a setembro de 2024 oferece uma visão aprofundada das finanças e da gestão do banco, destacando pontos preocupantes que merecem atenção, como o Sindicato vem apontando constantemente.

Crescimento das receitas e despesas

O relatório revela que, embora o BRB tenha registrado um crescimento de 14,1% no Resultado Bruto da Intermediação Financeira em doze meses, totalizando R$ 1,746 bilhão nos primeiros nove meses do ano, esse aumento não se refletiu em melhorias significativas para a instituição. As receitas com operações de crédito, principal fonte de receita do banco, cresceram apenas 1,5%, enquanto segmentos importantes como o comercial apresentaram uma queda de 9,1%.

Aumento das despesas e redução de postos de trabalho

As despesas de cessão de carteira aumentaram drasticamente, passando de R$ 379 mil em 2023 para R$ 210,109 milhões em 2024, um aumento de mais de 55.000%. Esse crescimento exorbitante nas despesas é alarmante e levanta questões sobre a eficiência e a gestão financeira do banco. Além disso, o BRB reduziu 77 postos de trabalho em doze meses, o que pode impactar negativamente a qualidade do atendimento e os serviços prestados aos clientes.

Despesas administrativas e patrocínios

As despesas administrativas cresceram 13,0%, alcançando R$ 783,220 milhões. Destacam-se os aumentos nas despesas de propaganda e publicidade (+70,7%) e de promoções e relações públicas (+107,9%), impulsionados pelos patrocínios do BRB, que somaram R$ 84,960 milhões nos primeiros nove meses do ano. O maior beneficiário desses patrocínios foi o Clube de Regatas do Flamengo, que recebeu R$ 13,691 milhões. Esse gasto elevado com patrocínios, especialmente em um período de desafios financeiros, é extremamente questionado pelo corpo funcional e pode ser visto como uma má alocação de recursos, como foi levantado no caso da F, evento a que vários poderosos foram às custas da instituição.

Queda no lucro líquido

O Lucro Líquido Contábil caiu 21,0% em doze meses, totalizando R$ 93,700 milhões de janeiro a setembro de 2024. Embora o Lucro Líquido Recorrente tenha crescido 58,1%, atingindo R$ 179,696 milhões, essa métrica é apenas uma hipótese de quanto teria sido o lucro líquido sem contar eventos não recorrentes. A queda é um sinal claro de que a gestão do banco precisa ser reavaliada para garantir a sustentabilidade e a eficiência da instituição.

Os resultados do acumulado de 2024 do BRB, conforme detalhado no relatório do Dieese, revelam uma série de problemas que precisam ser abordados com urgência. O aumento desproporcional das despesas, a redução de postos de trabalho e a queda no lucro líquido são indicativos de uma gestão que necessita de ajustes significativos. O Sindicato vai continuar lutando e pressionando por mudanças que garantam a saúde financeira e a eficiência do banco, além de proteger os interesses dos trabalhadores e do povo de Brasília.

Leia aqui o relatório completo do Dieese.

Por: Sindicato dos Bancários de Brasília.


 

 

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