10 de Abril de 2025 às 11:12
COP30
Teve início nesta quarta-feira, dia 9, a Jornada Nacional de Debates “Trabalho, Meio Ambiente e Transição Justa-Rumo à COP 30”. Trata-se de um ciclo de encontros que está sendo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nas capitais dos 17 estados onde a entidade mantém escritórios. O evento tem apoio da Labora–Fundo de Apoio ao Trabalho Digno.
Em Campo Grande, o debate será no dia 25 de abril, a partir das 8h30, na sede do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região. É preciso confirmar participação pelo e-mail relacionamento@dieese.org.br ou WhatsApp (11) 97639-7047.
A iniciativa faz parte da preparação da classe trabalhadora para o 1º de Maio e para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro de 2025, em Belém (PA).
A pauta ambiental e a transição justa têm se consolidado como eixos centrais para o futuro do trabalho no Brasil. Com o país avançando rumo a uma economia de baixo carbono, cresce a responsabilidade das centrais sindicais em articular propostas concretas que garantam desenvolvimento sustentável com justiça social e trabalho decente.
Durante os encontros, serão debatidos temas como geração de empregos verdes; requalificação profissional; políticas públicas para um desenvolvimento sustentável e impactos das mudanças climáticas nas populações mais vulneráveis. A meta é construir propostas sólidas para serem apresentadas nas mesas de negociação e fóruns nacionais e internacionais ligados à COP 30.
Segundo o Dieese, a transição para modelos produtivos sustentáveis tem potencial para criar milhões de empregos no Brasil. Setores como energia solar e eólica, por exemplo, demonstram crescimento acelerado — somente a energia solar gerou 264 mil empregos em 2023, consolidando o país como um dos mercados mais promissores da América Latina.
“A transição justa, que será discutida na COP-30, não pode ser feita só pelos governos ou apenas pelos empresários. Nós, trabalhadores e trabalhadoras, existimos, estamos aqui e temos que lutar para estar presentes em todas as mesas de negociação, em todos os espaços onde se discutem temas que são essenciais para o nosso presente e para o nosso futuro”, disse Juvandia Moreira, presidente da Contraf e vice-presidente da CUT Nacional, na abertura da Jornada.
Juvandia avaliou que profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelo avanço da tecnologia, já alteram, significativamente, a dinâmica das relações laborais e desafiam governos, empresas e sindicatos a repensarem seus modelos de encarar um novo mundo do trabalho que vem surgindo. “As mudanças são intensas. Elas alteram tanto a forma como exercemos nossas atividades quanto a quantidade e o perfil dos postos de trabalho disponíveis”, destacou Juvandia.
Ela ainda enfatizou que a discussão sobre o tema reforça que a transição tecnológica não pode estar dissociada do debate, pois essa transição pressupõe inclusão social e a construção de políticas públicas que garantam proteção para os trabalhadores e as trabalhadoras afetados pelas inovações.
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