8 de Dezembro de 2014 às 08:32

Trabalhadores promovem greves contra medidas de austeridade na Bélgica

Mobilização contra novas medidas para enfrentar crise internacional

A Bélgica enfrenta nesta segunda-feira (8) novo dia de greve que afetará as regiões de Bruxelas e Brabante Valão, como forma de protesto contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo governo.

O novo Executivo de centro-direita, formado há dois meses, deverá enfrentar mais ações integradas, em uma série de greves regionais que serão feitas até o dia 15 de dezembro, quando ocorre paralisação geral.

Está previsto um dia de "caos" nas estradas em torno da capital, já que nenhum comboio deverá chegar a Bruxelas. Estão previstos cortes e barricadas em pontos-chave de acesso, segundo o diário Le Soir.

O tráfego na capital deve ficar caótico, já que não circula o metrô, nem os elétricos e os transportes coletivos..

Como medida de prevenção, cerca de 30% dos voos previstos para hoje, a partir do Aeroporto Nacional de Bruxelas, foram cancelados.

O acesso às escolas primárias e secundárias foi bloqueado, e os hospitais cancelaram as consultas, funcionando como no domingo, ou seja, apenas com serviço de urgência.

As grandes áreas comerciais e as sucursais bancárias estão fechadass, até porque a população não conseguirá chegar ao local de trabalho. O setor industrial também será afetado, com greves convocadas pelas concessionárias de automóvel e pelo Porto de Bruxelas.

Os trabalhadores das cadeias de televisão nacionais RTBF e VRT votaram a favor da greve geral, e as emissões habituais serão substituídas por outros programas.

A província de Brabante Valão será afetada de maneira semelhante, e apesar de as estações não serem bloqueadas, nenhum comboio vai partir em direção a Bruxelas.

Os sindicatos, que convocaram as greves, opõem-se ao aumento da idade da reforma, às alterações ao regime das pensões e à suspensão da indexação salarial anual, incluídas no pacto governamental.

Para as centrais sindicais belgas, a Federação Geral do Trabalho da Bélgica (cuja sigla é FGTB), a Confederação de Sindicatos Cristãos (cuja sigla é CSC) e o Sindicato Liberal (cuja sigla é CGSLB), as medidas de austeridade podem agravar a situação econômica e não combatê-la.

O orçamento belga estima que o déficit do Produto Interno Bruto (PIB) atinja 2,8% em 2012 e o alcance do equilíbrio orçamental em 2015. De acordo com dados de analistas belgas, 41% dos 11.300 milhões de euros de que o país necessita serão conseguidos por meio de reduções na despesa pública e 36% por intermédio de receitas fiscais (aumento de impostos e tarifas públicas).

Nos últimos dias, gregos, britânicos e portugueses saíram às ruas em protesto contra as medidas de austeridade adotadas em seus países. As centrais sindicais da Grécia, da Grã-Bretanha e de Portugal convocaram paralisação por 24 horas.

Fonte: Agência Lusa

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