11 de Dezembro de 2014 às 17:28

UNI encerra IV Congresso com plano de ação e eleição da direção

Philip Jennings foi reeleito secretário-geral da UNI Global Union

O IV Congresso da UNI Global Union, sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços de todo o mundo, inclusive o de finanças (ao qual a Contraf-CUT é filiada), terminou nesta quarta-feira 10 na Cidade do Cabo, na África do Sul, com a aprovação de um plano de ação sobre O Novo Mundo do Trabalho e com a recondução de Philip Jennings como secretário-geral da entidade e com a eleição de Ann Selin, líder do maior sindicato da Finlândia, para a presidência.

O encontro, que teve como tema "including you", que pode ser traduzido como "incluindo você" ou "todos incluídos", foi aberto no último domingo (7) e reuniu dois mil representantes de trabalhadores dos setores de serviços de todos os continentes.

"Ficou claro para todos nós no Congresso como o capital conduzido pelo neoliberalismo está destruindo empregos e direitos dos trabalhadores em todo o mundo, mas que também como os povos principalmente da América Latina, inclusive nós no Brasil, estamos dando respostas a esses ataques", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e vice-presidente da UNI Américas Finanças, que liderou a delegação brasileira no Congresso.

"Está lançado o desafio aos sindicatos do mundo todo para que lancemos ações concretas para fazer frente a esses ataques e possamos promover a inclusão de todos os trabalhadores", acrescenta Cordeiro.

Mundo vai precisar de 1,8 bilhão de empregos

O relatório The Future World of Work (O Novo Mundo do Trabalho), lançado no final do Congresso, examina as condições do mercado de trabalho, tais como a abertura de empregos, a polarização do trabalho e a procura de competências, a fim de prever as futuras tendências. Ele avalia que o mundo vai precisar 1,8 bilhão de novos postos de trabalho até 2050 para garantir um nível de 75% do emprego.

Falando no encerramento do IV Congresso Mundial da UNI, o secretário-geral Philip Jennings disse: "Este relatório faz soar o alarme. Um tsunami tecnológico está rolando em nossa direção que vai lavar muitas percepções anteriormente tidas do mundo. O mercado de trabalho, os sindicatos e, de fato, todo o mundo tem de inovar e se envolver em enfrentar esse desafio, porque vai afetar todos nós. Temos de ver a criação massiva de trabalho e um enorme novo investimento em educação e capacitação".

O relatório identifica uma série de tendências de mudanças nos mercados de trabalho, entre elas o desempenho econômico fraco e incerto; mudança da população e mudanças demográficas dos países desenvolvidos para as economias emergentes; transformação e digitalização tecnológica; bem como o estresse ambiental.

Plano da ação "Quebrando barreiras"

Philip Jennings reforçou o tema lançado no Congresso anterior, realizado em Nagasaki em 2010, que continuará a ser o roteiro da UNI. O plano Quebrando Barreiras é uma chamada à ação "para construir o nosso poder de organização", disse Jennings.

Segundo ele, uma chamada à ação inclui:

- Mudar as regras do jogo da economia global, a partir de regulação financeira às cadeias de fornecimento.

- Comprometer-se com o crescimento dos sindicatos na crescente economia de serviços.

- Aumentar direitos sindicais e influência nos negócios.

- Vencer a luta pela igualdade de gênero, inclusive na própria UNI Sindicato Global e nos sindicatos.

O V Congresso da UNI será realizado em Liverpool, em 2018.

Fonte: Contraf-CUT

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