1 de Agosto de 2008 às 10:57

Vigilantes e bancários unidos na campanha

Participação conjunta é marco na história das duas categorias

São Paulo/SP - Pela primeira vez na história, os bancários contarão com o importante apoio dos trabalhadores vigilantes na campanha nacional. Com perfis diferentes mas uma luta em comum, as duas categorias se unem para cobrar dos banqueiros melhores condições de trabalho e, principalmente, mais segurança.
 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), filiada à CUT, anunciou, durante a 10ª Conferência Nacional dos Bancários que vai realizar uma campanha extraordinária reivindicando a mudança da sua data-base para 1º de setembro, a mesma da categoria bancária, além da equiparação de direitos como o valor do vale-refeição dos bancários e plano de saúde. “Nossa participação na Conferência Nacional dos Bancários foi um marco para os trabalhadores das duas categorias. Conseguimos consolidar um debate que vínhamos construindo a um bom tempo”, afirma o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.
 
A principal reivindicação comum às duas categorias trata da segurança bancária. Questões como o número de vigilantes nas agências, porta de segurança no auto-atendimento, vidros blindados, adicional de risco e a contratação de empresas de segurança privada qualificadas são consenso entre os representantes de bancários e vigilantes. “Queremos que os bancos cumpram a lei. Muitas instituições financeiras, por exemplo, contrataram empresas de segurança privada sem o mínimo de qualificação, o que coloca em risco bancários, clientes e vigilantes. Nossa atuação em conjunto tem como objetivo combater esse desrespeito”, diz Boaventura.
 
Greve – No início de junho, durante a greve dos vigilantes, os bancários tiveram participação decisiva ao denunciar a postura dos bancos em abrir agências mesmo sem as condições mínimas de segurança. A paralisação durou três dias e durante esse período os bancários e clientes ficaram sob constante risco por culpa dos banqueiros. O representante dos vigilantes lembra do episódio e fala que a atuação dos bancários na greve exemplifica exatamente como deve ser relação entre as duas categorias.
 
“É impossível imaginar o trabalho do bancário sem a presença do vigilante, portanto, nessa campanha, acima de tudo, queremos estabelecer uma relação fraterna, leal e de confiança”, diz.
 
O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) Daniel Reis comemora a participação dos vigilantes na Campanha Nacional dos Bancários. “A greve dos vigilantes com a nossa atuação foi uma demonstração que unidos somos mais fortes”, afirma.
 
Reivindicações que unem vigilantes e bancários
- Atualização da lei federal 7.102/83;
- Continuidade da Comissão de Segurança, com representantes dos trabalhadores e banqueiros;
- Adicional de risco para quem trabalha em agências e postos de atendimentos;
- Instalação de portas de seguranças em todas as agências já no auto-atendimento
 

Carlos Fernandes, do SP Bancários
 

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