27 de Agosto de 2007 às 12:59

Grande parte dos processos no TST é contra os bancos

São Paulo - A lista com as empresas que têm mais reclamações trabalhistas, divulgada na última terça, dia 21, pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), é encabeçada pelo INSS (10.046), mas todos os maiores bancos constam da relação.

Caixa Federal (9.939) e Banco do Brasil (7.364) ocupam, respectivamente, o segundo e terceiro lugares. No entanto, quando se leva em consideração todo o conglomerado, o Santander (9.927 processos, somando as empresas do grupo) chega a ultrapassar o BB e encosta na Caixa. O Itaú, com todas as suas incorporações, totaliza 7.268 processos e chegaria à quinta colocação. Já o Bradesco, também considerando todas as empresas adquiridas, ficaria em sétimo com 4.724.

Atualmente, o TST, última instância dos processos trabalhistas, acumula mais de 244 mil ações. Deste montante, 54 mil (23%) são movidas por bancários de instituições públicas e privadas. Para ter uma idéia do que isso significa, é como se todo o quadro de funcionários de alguns dos maiores bancos brasileiros estivesse acionando os patrões no tribunal.

“Isso mostra que o banqueiro é um mau patrão, pois uma pessoa só recorre à Justiça quando tem, de alguma forma, seus direitos desrespeitados pelo empregador”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Campanha – O TST não detalha quais reclamações constam nos processos que os bancários movem nacionalmente contra os bancos. Porém, tomando como referência as ações ingressadas pelos trabalhadores por meio do departamento jurídico do Sindicato – onde estão 114 mil dos 420 mil bancários do país – é possível afirmar que o desrespeito à jornada e o falso comissionamento estão entre os principais problemas.

“A campanha nacional deste ano pode ser uma boa oportunidade para o banqueiro começar a mudar a imagem de mau patrão. O respeito à jornada e a adoção da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que impede demissões imotivadas, são reivindicações que os bancos podem atender”, acrescenta Marcolino.

Fonte:SEEB-SP
Jair Rosa - 23/08/2007

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