1 de Outubro de 2007 às 10:34

Paralisação de 24h ocorreu em várias regiões do Brasil

A paralisação da última sexta-feira (28 de setembro) mobilizou milhares de bancários por todo o País, em um protesto que mostrou à população a indignação da categoria com os banqueiros, que têm lucrado milhões de reais anualmente e se recusam a atender as reivindicações dos trabalhadores no setor financeiro. Em Campo Grande e região, a adesão ao movimento chegou a 50% de toda a rede bancária, conforme apurou a Secretaria Geral do Sindicato.

 

Na Capital, o movimento chegou a quatro agências do HSBC e a três do Itaú; além de paralisar todas as sete agências do ABN Real e as dez da Caixa Econômica Federal (incluindo o Centro Administrativo). Os bancos que possuem uma agência na cidade – Nossa Caixa, Santander, Mercantil do Brasil e Safra – também foram atingidos pelo protesto. No Bradesco, a paralisação de 24 horas ocorreu na agência Centro. As agências Cândido Mariano e Prime pararam por uma hora. E o Unibanco da Coronel Antonino por duas horas.

 

No País, a mobilização atingiu números expressivos. Em São Paulo/SP e Osasco, foram paralisadas 103 agências por 24 horas, além de nove centros administrativos – chegando a 13,5 mil bancários. No ABC Paulista, quatro mil bancários participaram das assembléias nas ruas, atrasando por uma hora a abertura de 200 agências. Em Santos/SP, 70% das agências pararam, sendo promovida uma passeata alertando a população sobre a possibilidade de greve. Na região de Taubaté/SP, a Caixa e o BB não funcionaram o dia todo, com os bancos privados tendo a abertura atrasada em uma hora, o mesmo ocorrendo em São José dos Campos/SP e Votuporanga.

 

A paralisação também teve grande participação no Rio de Janeiro. Na capital fluminense, a paralisação de 24 horas abrangeu bancos desde a praça Mauá até a Cinelândia, sendo mais intensa na CEF. Todos os bancos de Angra dos Reis e Parati pararam; e na Baixada Fluminense, os bancários da Caixa foram os que mais aderiram. Em Campos, as agências do HSBC, Santander, ABN e Unibanco tiveram a abertura retardada por duas horas. Na região de Niterói, a manifestação foi no Bradesco, com a distribuição de milho cozido à população (uma forma de dizer que, enquanto os banqueiros ganham milhões, para os bancários sequer sobram os “grãos”). Também ocorreram manifestações em Petrópolis, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo, Teresópolis, Três Rios e no Sul Fluminense.

 

Em Brasília, a paralisação foi mais intensa nos prédios administrativos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, estendendo-se a cerca de 70 agências, que permaneceram fechadas. Na rede privada, a adesão foi parcial e pela manhã, com retardamento do horário de abertura.

 

Em Curitiba/PR, cerca de 40 agências e seis centros administrativos não tiveram expediente; o mesmo ocorrendo no interior paranaense: foram 17 bancos em Londrina/PR; 20 de Apuracana e Cornélio Procópio; e sete em Paranavaí. As agências da Caixa de Cambe, Ibiporã e Nova Esperança também não funcionaram. Em Loanda, também aderiram as agências do BB. E em Umuarama e Guarapuava, a paralisação foi até o meio dia, abrangendo ao todo 16 bancos.

 

Na região de Belo Horizonte/MG, 38 agências e departamentos tiveram as atividades suspensas por todo o dia. Às 10h, os bancários se reuniram em frente à Agência Século da Caixa (na Praça Sete), de onde partiram em passeada pelo centro. No Bradesco e no Unibanco, a direção dos bancos apelou para força policial para obrigar a abertura das agências. Em Juiz de Fora/MG, a paralisação foi total por 24 horas. Em Uberaba/MG, as quatro agências da CEF pararam, com adesão de 90% dos bancários de toda a rede no município. Em Teófilo Otoni/MG o sindicato local coletou mil assinaturas em quatro horas, pedindo melhor atendimento nos bancos.

 

Em 33 agências da Caixa em Porto Alegre/RS a paralisação foi total, com movimento parcial em outras nove. Bancários do BB e de instituições privadas fizeram movimentos parciais, com abertura dos bancos apenas após as 12h. Ainda no Rio Grande do Sul, a paralisação foi total em seis agências de Alegrete, cinco de Erechim, e uma de Cachoeira do Sul, Caxias do Sul e Lajeado. No litoral norte gaúcho ,foram quatro agências da CEF fechadas durante todo o dia, chegando a três em Passo Fundo e outras sete de outros bancos. As paralisações chegaram também a Novo Hamburgo, Pelotas, Camaquã, Rio Grande, Santa Maria, Santo Ângelo, São Leopoldo, Vacaria, Vale do Paranhana e Vale do Caí.

 

Em Santa Catarina, a região central de Florianópolis viu seis agências serem paralisadas, além de não ser registrado movimento na CEF e em agências do Besc. Todas as agências da Caixa em Criciúma aderiram ao movimento, que se espalhou por 99% da rede bancária da cidade e chegou aos municípios de Içara, Morro da Fumaça e Siderópolis.Em Blumenau, o movimento teve adesão de 90% no centro e 50% nos bairros, com abertura parcial em uma agência do Bradesco e do BB.

 

As agências bancárias da rua do Imperador, em Recife/PE, só funcionaram a partir das 13h. Os empregados do Bradesco ainda participaram de um ato em frente à agência naquele logradouro. Em João Pessoa/PB, 80% das agências na região da capital não tiveram atividades, número que chegou a quase 100% na região de Campina Grande/PB. E em Teresina/PI, metade dos bancos aderiu ao movimento, sendo que em algumas o atendimento foi retardado até o meio-dia. Duas agências foram fechadas no Ceará.

 

Em Rondônia, mais de 80% dos trabalhadores aderiram à paralisação: das 22 agências da capital, Porto Velho, apenas quatro funcionaram, e mesmo assim com 30% do quadro de pessoal. Também houve movimentos nas cidades de Buritis, Cacoal, Pimenta Bueno, Espigão D’Oeste, Ariquemes, Vilhena, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Presidente Médici, Cacaulândia, Ministro Andreazza e Monte Negro. Cerca de um terço dos bancários de Rio Branco/AC também não trabalharam na sexta-feira.

 

O movimento ainda registrou adesão em Rondonópolis/MT (com os bancos tendo a abertura retardada em duas horas), no Espírito Santo (atraso de uma hora em agências no centro de Vila Velha), Em Feira de Santana/BA (seis agências fechadas por quatro horas) e no banco do Nordeste de Irecê/BA (atraso de uma hora).

 

Secretaria de Comunicação e Imprensa

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