23 de Agosto de 2007 às 21:54

Vale-alimentação reivindicado injetaria R$ 1,9 bilhão na economia brasileira

<B>Além de melhorar qualidade de vida dos funcionários, banqueiros estariam colaborando com economia</B>

São Paulo - O aumento do vale-alimentação para valor equivalente a um salário mínimo (R$ 380) é uma das reivindicações da Campanha Nacional 2007. Se os bancos atenderem à esta reivindicação da categoria, cada bancário do país terá R$ 141,92 a mais por mês para gastar no supermercado.

O impacto disso na economia brasileira e na geração de empregos é maior do que parece à primeira vista: se multiplicarmos esse valor (R$ 141,92) pelo número de bancários de todo o Brasil, aproximadamente 420 mil, chegaremos a cerca de R$ 715 milhões a mais injetados na economia brasileira em um período de 12 meses. O total seria de R$ 1,9 bilhão.

“É um valor considerável, um dinheiro que se não fosse para o bolso dos bancários provavelmente ficaria parado nas cirandas especulativas. A verba do VA vai para o mercado consumidor, fazendo a economia brasileira se desenvolver, gerando empregos e renda e beneficiando direta e indiretamente milhões de brasileiros”, avalia a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira, lembrando que alimentação, transporte, comércio e serviços são setores diretamente beneficiados.

Os R$ 238,08 pagos hoje em vale-alimentação não é o suficiente para as compras do mês de uma família. Apenas no mês de julho, a cesta básica subiu em nove das 16 capitais brasileiras analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e o preço dos alimentos continua puxando a inflação para cima.

Uma bancária do Itaú, que prefere não se identificar, é especialista em promoções de supermercados. Toda terça ou quarta-feira ela se informa sobre os preços mais baratos dos itens que costuma comprar. “Tive que cortar o queijo e o requeijão, os preços do leite e seus derivados estão um absurdo”, reclama. Ela mora com dois filhos e com a mãe e, para ajudar nas compras com alimentos, optou por receber seu vale-refeição em forma de alimentação. Mesmo assim precisa de cerca de R$ 200 para complementar a compra mensal.

Outro bancário, que também prefere manter seu nome em sigilo, e que trabalha há sete anos na Nossa Caixa, mora com a mulher e dois filhos e precisa complementar com seu salário o valor das compras do supermercado. “Eu preciso do dobro do valor do vale-alimentação que recebo hoje para fazer uma compra básica mensal para minha família, este valor é insuficiente”. Para piorar a situação, a esposa dele trabalha em uma terceirizada que presta serviço para um banco e não recebe o vale-alimentação, o que demonstra a importância da conquista dos bancários, garantida na campanha salarial de 1994.

“Essas famílias são exemplos de que o aumento do vale-alimentação é uma reivindicação real e necessária para melhorar as condições de vida dos bancários. O aumento é perfeitamente possível para os bancos e atenderia toda a categoria, que manifestou essa necessidade em consulta feita pelo Sindicato”, diz a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.

Fonte:SEEB-SP
Danilo Pretti Di Giorgi e Gisele Coutinho - 23/08/2007

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