4 de Agosto de 2008 às 11:08

Aumento do piso é uma das prioridades da campanha. Meta é o mínimo do Dieese

Um dos focos principais da Campanha Nacional dos Bancários 2008 será a luta pela elevação do piso da categoria. A proposta que está na pauta de reivindicações, aprovada pela 10ª Conferência Nacional dos Bancários, traz este ano uma novidade sobre essa reivindicação antiga dos bancários.
 
Como no ano passado, o objetivo é que o salário inicial de todos os bancários, hoje em R$ 921,49, seja equivalente ao salário mínimo necessário calculado pelo Dieese, atualmente em R$ 2.074. Esse ano, no entanto, os bancários formularam uma estratégia diferenciada que prevê um aumento progressivo para, em três anos, atingir o objetivo.
 
Nesse ano, a reivindicação é que seja somado ao valor do piso 50% da diferença entre o piso atual e o salário mínimo do Dieese, ou seja, R$ 576,26. Assim, a partir de 1º de setembro deste ano, o piso passaria a ser de R$ 1.497,75, um reajuste de 62,54%.
 
Em 2009 e 2010 seria incorporado ao valor mais 25% da diferença em cada ano, alcançando o total em três anos. Em valores de hoje, essas duas etapas equivaleriam a 19,24% de reajuste em 2009 e 16,13% em 2010.
 
O secretário de Imprensa da Contraf/CUT, William Mendes, considera a elevação do piso um ponto primordial desta campanha. Isso porque, além de valorizar os salários mais baixos, a elevação tem reflexos para as gerências médias, cujas comissões são calculadas proporcionalmente ao valor do piso. Assim, os bancários na primeira comissão, estabelecida hoje em 55% do valor do piso, passariam a receber R$ 2.321,50 ainda este ano, caso o reajuste seja aprovado.
 
“O movimento sindical deu um grande avanço quando estabeleceu a luta por uma política de valorização do salário mínimo nacional, que gerou distribuição de renda e ganhos para todas as categorias profissionais”, explica William. “Com os ganhos de produtividade que as empresas têm conseguido, esse é o momento das categorias profissionais exigirem aumentos de seus pisos. Especialmente no setor bancário, que alcança lucros recordes a cada ano, não dá mais para o bancário ganhar um piso tão baixo. Estamos no certos em pedir a equiparação com o Dieese e mostrar o caminho para isso e esperamos que nossa luta se torne um parâmetro para as outras categorias”, avalia.
 

Contraf/CUT
 

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