30 de Janeiro de 2009 às 12:08

Cheque especial, "spread" e inadimplência sobem em dezembro

Os juros bancários recuaram em dezembro, após sete meses de alta, de acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado nesta terça-feira (27). Houve aumento, no entanto, no “spread” bancário, nos índices de inadimplência e em algumas linhas de crédito, como o cheque especial.
 
A taxa média geral caiu de 44% para 43,2% ao ano. Para o consumidor, os juros recuaram menos, de 58,2% para 58% ao ano. Para as empresas, de 31,3% para 30,7% ao ano.
 
A pequena queda na taxa geral da pessoa física se deve ao juro menor na aquisição de veículos, que passou de 37,7% para 36,5% ao ano. Nas outras linhas houve alta de juros.
 
No cheque especial, por exemplo, a taxa subiu de 174,7% para 174,9% ao ano. É maior taxa desde junho de 2003, quando estava em 176,9% ao ano. O recorde histórico ainda é de 294% ao ano, registrado em julho de 1994. No empréstimo pessoal, a taxa subiu de 59,9% para 60,4% ao ano.
 
Lucro dos bancos – Apesar da queda dos juros, houve aumento do spread bancário, a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados nos empréstimos. O spread passou de 43,1 pontos percentuais para 45,1 pontos, na pessoa física, e ficou estável em 18,3 pontos para as empresas. O spread geral (PF + PJ) subiu de 30,1 para 30,6 pontos.
 
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vem dizendo que a culpa dos juros altos hoje no Brasil é dos bancos, que aumentaram o spread bancário, mesmo depois que a taxa básica de juros deixou de subir. Na semana passada, depois de se reunir com Meirelles, o presidente Lula ordenou aos bancos públicos que cortem as suas taxas.
 
A inadimplência também subiu, pelo quarto mês seguido, e passou de 4% em setembro para 4,4% em dezembro. No mesmo período, a taxa para pessoa física passou de 7,3% para 8,1%.
 
Janeiro – De acordo com dados parciais do BC, até o dia 15 de janeiro, a taxa média geral teve pequena elevação, de 43,2% para 43,3% ao ano. Para o consumidor, os juros recuaram de 58% para 56,6% ao ano. Para as empresas, subiram de 30,7% para 31,6% ao ano.
 
O spread passou de 45,1 pontos percentuais para 44,8 pontos, na pessoa física, e subiu de 18,3 pontos para 19,6 nas empresas. O spread geral (PF + PJ) subiu de 30,6 para 31,4 pontos.
 
O volume de crédito cresceu 0,1%, sendo aumento de 2,5% na pessoa física e queda de 1,5% nas empresas.
 

Eduardo Cucolo, da Folha Online
 

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