27 de Novembro de 2008 às 22:15

Lucro recorde é argumento para manter Citibank no País

Apesar do inferno astral pelo qual passa a matriz, o Citibank registrou no primeiro semestre deste ano e em 2007 os melhores resultados da sua história de 94 anos no Brasil. Os bons números são um dos principais argumentos da administração brasileira do banco para sustentar a posição de que as operações não serão vendidas.

 

Mas, boa parte do ganho foi consequência da venda de ações do banco na Redecard, uma vez que os ativos crescem em ritmo inferior à média do mercado. As operações de financiamento ao consumo estão crescendo assim como as atividades de banco de investimento, tornando de toda forma o Citi uma operação cobiçável pelos outros participantes do mercado.

 

No primeiro semestre deste ano, o lucro líquido saltou 175%, passando de R$ 448,18 milhões em 2007 para R$ 1,21 bilhão neste ano. Em todo o ano passado, o lucro líquido somou R$ 1,72 bilhão. O recorde anterior havia sido de R$ 1,65 bilhão em 2002. Em 2006, teve prejuízo de cerca de R$ 50 milhões.

 

O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido passou de 24,9% no primeiro semestre de 2007 para 67,2% em igual período deste ano. O patrimônio cresceu 8,4% para R$ 4,13 bilhões.

 

O resultado não operacional do primeiro semestre, em boa parte obtido com a venda de ações da Redecard, somou R$ 1,344 bilhão, enquanto o operacional foi de R$ 396,734 milhões.

 

A venda das ações da Redecard, empresa brasileira de relacionamento da MasterCard com os estabelecimentos que aceitam o cartão, começou em 2007, quando a empresa abriu o capital e fez uma oferta pública de ações (IPO, em inglês). O IPO ocorreu em julho, quando o Citi vendeu parte de suas ações, reduzindo a participação no capital da empresa de 31,94% para 23,95%. A operação gerou um ganho após os impostos de R$ 895,631 milhões em 2007.

 

Neste ano, o Citi vendeu nova parcela do capital da Redecard, em oferta pública secundária de ações, em março, reduzindo a participação a 17%, o que proporcionou um ganho líquido de R$ 743,601 milhões.

 

Já o resultado operacional teve queda de 32,4%, de R$ 587,331 milhões no primeiro semestre de 2007 para R$ 396,734 milhões em igual período deste ano.

 

A carteira de crédito do Citibank cresceu 8,12% no primeiro semestre, passando de R$ 7,76 bilhões em junho 2007 a R$ 8,39 bilhões em junho de 2008, último dado disponível. Na média do mercado, o crédito com recursos livres cresceu 32% nos doze meses terminados em junho.

 

Os depósitos do banco cresceram 7,89%, de R$ 6,72 bilhões em junho de 2007 para R$ 7,25 bilhões em igual mês deste ano.

 

As operações de financiamento ao consumo continuaram crescendo neste ano, assim como o de cartões.

 

O Citi tem cerca de 400 mil correntistas, 4,3 milhões de contas de cartões e cerca de 6 milhões de plásticos. A rede de agências fechou 2007 com 122 pontos e tinha 127 no fim de junho passado. O número de funcionários era de 6,18 mil em junho, de acordo com dados do site do Banco Central.

 

No fim de junho, o Citi administrava R$ 58,9 bilhões em fundos de investimento, abaixo dos R$ 60,33 bilhões de igual período de 2007, e de mais R$ 9,115 bilhões em carteiras administradas (R$ 15,433 bilhões em 2007). Segundo a Anbid, o Citi ocupa o terceiro lugar no ranking de fusões e aquisições anunciadas, intermediando operações no montante de R$ 3,094 bilhões; e também o terceiro em negócios fechados, com R$ 2,777 bilhões; e em quarto lugar no ranking de custódia, com R$ 188,867 bilhões.

 

Maria Christina Carvalho, do Valor Econômico
 

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