30 de Agosto de 2010 às 09:41

Para uma vida melhor, bancários exigem "menos metas e mais saúde"

As doenças físicas e psíquicas vêm crescendo de forma assustadora na categoria bancária.


Atualmente, a cada mês 1.200 bancários em média são afastados por auxílio-doença concedido pelo INSS, dos quais a metade por LER/DORT e por transtornos mentais. São doenças comprovadamente geradas ou agravadas pelo atual modelo organizacional dos bancos, onde imperam a pressão brutal por cumprimento de metas excessivas e o assédio moral.


Pesquisa realizada pela Contraf-CUT em 2006, coordenada pelo Sindicato de Pernambuco e pela psicóloga Regina Heloísa Maciel, revelou que 8% dos trabalhadores do sistema financeiro estavam sofrendo assédio moral naquele momento.


Outra pesquisa encomendada pela Contraf-CUT em maio de 2010 mostra que 80% dos bancários consideram o assédio moral e as metas abusivas os principais problemas que enfrentam hoje nos locais de trabalho.


Por essas razões a 12ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no Rio de Janeiro entre 23 e 25 de julho, incluiu os dois temas como centrais na pauta de reivindicações da Campanha 2010 - e que já estão sendo abordados nas primeiras rodadas de negociação com a Fenaban.


Também foi devido à crescente gravidade dessas questões para os bancários que a Contraf-CUT lançou, a partir de uma proposta desenvolvida pelo Sindicato de São Paulo, a campanha nacional Menos Metas Mais Saúde. O lançamento foi feito em um seminário na sede da Confederação, em São Paulo, que contou com a participação da médica do trabalho Margarida Barreto e do dr. Em psicologia social Roberto Heloani - dois dos principais pesquisadores dos efeitos dos novos modos de produção sobre a saúde dos trabalhadores.


"Assédio moral, violência organizacional e metas abusivas" também é o tema da primeira publicação da coleção Cadernos Contraf-CUT, lançada no seminário, realizado no dia 18 de agosto.


"Está claro que o problema do assédio moral precisa ser atacado em sua raiz. Não é uma prática isolada, fruto do arbítrio de um ou outro gestor. É uma questão que está relacionada à organização do trabalho, à lógica como funciona a produção hoje dentro dos bancos, pela forma como as metas são estipulas abusivamente e cobradas. Isso precisa ser alterado para que haja uma redução drástica no quadro de adoecimentos", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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