27 de Abril de 2012 às 18:46

Porta giratória:entidades defendem obrigatoriedade

 

Em reunião ocorrida na sexta-feira 27, em São Paulo, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) reafirmaram a obrigatoriedade das portas giratórias com detectores de metais antes do autoatendimento no projeto de lei que cria o estatuto de segurança privada, que está em fase de elaboração no Ministério da Justiça. As portas giratórias foram instaladas no final dos anos 1990, após forte pressão dos sindicatos e aprovação de leis municipais.

 



A experiência revela que elas têm sido eficientes na redução dos assaltos. Segundo a estatística nacional da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), houve 1.903 ocorrências em 2000. O número caiu para 369 em 2010, uma queda de 80,16%. Já em 2011, quando alguns bancos retiraram essas portas, foram apurados 422 assaltos, um crescimento de 14,36% em relação ao ano anterior.

 



Os dirigentes sindicais também reforçaram outras medidas de prevenção contra assaltos e sequestros, como forma de atualizar com avanços a Lei Federal n. 7.102/1983, que trata da segurança nos estabelecimentos financeiros.




"Também queremos a presença de vigilantes armados nas agências e postos de atendimento bancário, câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real, vidros blindados nas fachadas, biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas, divisórias individualizadas e opacas entre os caixas eletrônicos e escudos de aço com assento para utilização dos vigilantes, dentre outros equipamentos", destaca o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

 



Os bancos possuem recursos suficientes para investir muito mais em segurança. Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander lucraram R$ 50,7 bilhões em 2011, enquanto gastaram R$ 2,6 bilhões em despesas de segurança e vigilância, o que representa média de 5,2% em comparação aos lucros, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "A proteção da vida das pessoas precisa ser colocada em primeiro lugar", ressalta Ademir.

 



O projeto de lei foi formulado em 2007 pela Polícia Federal e, desde então, vem sendo discutido com as entidades sindicais dos trabalhadores e dos empresários. A Contraf-CUT e a CNTV já apresentaram várias propostas para a Polícia Federal e o Ministério da Justiça, visando a melhorar a segurança e proteger a vida de trabalhadores e clientes.



A reunião contou com a participação do Coletivo Nacional de Segurança Bancária e representantes da Fetec-SP, da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP-MS), Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) e Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE).




Fonte: Contraf-CUT

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