8 de Abril de 2010 às 10:53

Taxa sobre bancos pode render 50 bilhões de euros, diz União Europeia

Valor Econômico
Assis Moreira, de Genebra


A União Europeia (UE) sinaliza que uma nova taxa sobre os bancos pode gerar até 50 bilhões por ano para os governos europeus, uma receita atrativa num período de enorme endividamento público no rastro da crise financeira.

O G-20, grupo das principais economias, discutirá a aplicação de uma taxa global sobre os bancos na cúpula de Toronto, em junho. Mas a UE acha que vários países vão resistir a impor uma taxação, e se prepara para impor sua própria taxa européia.

Bruxelas estima que, se copiar o modelo sueco de taxa de 0,036% sobre o balanço consolidado dos bancos, a taxação sobre os bancos na Europa renderá 11 bilhões por ano.

Mas o mais atrativo é mesmo o modelo que os Estados Unidos querem impor sobre seus maiores bancos, de taxação de 0,15%, gerando receita acima de 50 bilhões com base nos resultados das instituições financeiras no ano passado.

No caso da chamada "Tobin Tax", de uma taxação sobre as transações globais, isso poderia render 20 bilhões por ano na Europa.

Em termos absolutos, globalmente, a cobrança de 0,1% poderia levantar entre 0,8% e 2% do PIB mundial ou US$ 410 bilhões e US$ 1 trilhão.

O que está claro para os europeus é que o setor financeiro precisa contribuir fortemente para os custos da estabilidade financeira, ainda mais depois da volta aos lucros e bônus gigantes pagos a seus executivos no rastro da pior crise financeira dos últimos 50 anos.

A Suécia criou um Fundo de Estabilidade, cobrando taxa sobre o balanço consolidado dos bancos e não sobre as transações efetuadas. Os Estados Unidos querem cobrar taxa sobre os bancos com ativos de mais de US$ 50 bilhões.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) deve propor uma taxa global quando os ministros de finanças do G-20 se reunirem no começo deste mês em Washington.

Fonte: Valor Econômico

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