22 de Janeiro de 2009 às 18:03

Trabalhadores e empresários comemoram queda dos juros

Cobrança agora é para que bancos tomem medidas que façam a redução chegar na concessão de crédito

O Comitê de Política Monetária (Copom) cedeu à pressão de trabalhadores e empresários e reduziu a taxa Selic em um ponto percentual nesta quarta-feira, dia 21. O juro básico foi reduzido de 13,75% para 12,75% ao ano. As reações foram positivas, mas acompanhadas de discursos ressaltando que a queda deve ser verificada também no spread bancário.
 
“O que todos esperam é a queda dos juros cobrados pelos bancos, que poderia já ter sido efetivada há muito tempo. Mas a notícia do corte de um ponto é boa, e esperamos que venha acompanhada de novas reduções, para o bem da atividade econômica e dos empregos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
 
Já para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, faltou o anúncio de um viés de baixa para um futuro próximo, o que abriria espaço para novos cortes . “Apenas um ponto percentual na taxa básica de juros – sem viés de baixa que nos leve, rapidamente, ao ideal de 8% a 9% – não atende os interesses do Brasil, em especial neste momento de crise. Não podemos esperar 45 dias para uma nova queda”, disse.
 
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, disse que a redução do spread bancário é a “próxima luta” para melhorar o acesso ao crédito e dinamizar a economia. “A redução contribui para o enfrentamento da crise – 1% a menos na Selic retira R$ 15 bilhões da ciranda financeira. Diante do necessário, queda de 1% é pouco. Porém, diante do conservadorismo do BC e das pressões do mercado financeiro, que apostava em queda menor, acreditamos que a pressão do movimento sindical contribuiu para o índice anunciado hoje”, disse.
 
Protestos – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou nesta quarta, dia 21, atos pela redução da Selic em frente a sedes do BC ou do Ministério da Fazenda em todas as capitais brasileiras e em Brasília. Em São Paulo, o protesto contou com a participação dos bancários e aconteceu na Avenida Paulista.
 

Danilo Pretti Di Giorgi, do Seeb/SP
 

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