28 de Agosto de 2020 às 17:14
Avanço
Os bancos, que em diversas rodadas de negociação da Campanha dos Bancários 2020 insistiam em reajuste zero para a categoria, finalmente avançaram na proposta. Após várias horas de negociação, que iniciou às 16h de quinta-feira (27) e se estendeu até a manhã desta sexta-feira (28), a Fenaban (federação dos bancos) propôs reajuste de 1,5% para salários, com abono de R$ 2 mil. E ainda a reposição da inflação (estimada em 2,74% no período) para demais verbas, como vales alimentação e refeição e auxílio-creche/babá.
O reajuste de 1,5% nos salários + abono de R$ 2.000,00 para todos este ano garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários. Isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS.
E para 2021, estaria garantida para todos a reposição do INPC acumulado na data base e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como VA e VR, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos, o que dá segurança para a categoria neste contexto de retirada de direitos dos trabalhadores.
"A Fenaban apresentou uma proposta que não retira direitos e com reajuste, que agora podemos levar para apreciação da categoria. Ainda faltam as questões específicas do BB e Caixa, mas acreditamos que em uma conjuntura desfavorável, manter todas as cláusulas da CCT e ganho nas cláusulas econômicas representa um avanço e caminha para a conclusão das negociações", disse a presidente do sindicato, Neide Rodrigues.
A Fenaban, que já tinha voltado atrás nas propostas rebaixadas de PLR, reforçou na mesa desta quinta a manutenção da PLR nos moldes atuais, e também propôs reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) para os valores fixos e tetos da PLR.
Entre a primeira proposta da Fenaban e a proposta atual, os bancários conseguiram reverter os rebaixamentos que os bancos queriam fazer na regra de PLR. Com a manutenção da regra e a atualização nos valores fixos e tetos, entre a primeira proposta e a atual, a PLR média estimada a ser paga nos 3 maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) teve um acréscimo de 12,2% para o piso de escriturário e 9,4% para o piso de caixa.
As negociações das mesas específicas do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ainda continuam.
Fonte: SEEB/São Paulo
Link: https://seebcgms.org.br/campanha-nacional-2020/fenaban-propoe-reajuste-de-15-com-abono-de-r-2-mil/